Provenientes de todas as regiões do estado, cerca de 400 profissionais do setor compareceram ao IV Congresso de Panificação e Confeitaria, promovido pelos Sindicatos Patronais do setor no estado do Rio, através do Instituto de Panificação e Confeitaria (IPC-RJ), em parceria com o Sistema FIRJAN no dia 13 de novembro, na sede da entidade. Na ocasião, foi lançado um guia com orientações para aquisição de máquinas e equipamentos, além de questões jurídicas.
O Sindicato das Indústrias de Alimentação de Três Rios, Paraíba do Sul, Sapucaia, Areal, Comendador Levy Gasparian e São José do Vale do Rio Preto – SINDAL levou para o encontro uma caravana de 15 empresários de sua região.
Ao abrir o encontro, o vice-presidente do Sistema FIRJAN, Carlos Fernando Gross, destacou o fato de a Casa da Indústria ter reunido, nos últimos anos, mais de dois mil panificadores, para discutir temas de relevância para um segmento considerado vital para a economia fluminense. “Desde o primeiro encontro, em 2007, alimentamos ano a ano uma pauta de propostas e estratégias de ação do Sistema FIRJAN, que vêm transformando a nossa indústria de panificação”, disse o dirigente.
Gross adiantou que está nos planos do Sistema o aumento significativo da mão de obra, através da inauguração de três escolas de panificação – em Campos, Nova Friburgo e Volta Redonda – que se somarão às quatro já existentes.
Nesta edição do Congresso, foram debatidos temas relevantes, como as questões tributárias, trabalhistas e a revisão da NR-12 e seus impactos para o setor. Ao encerrar sua saudação, Gross prestou homenagem ao empresário Assis de Oliveira Bastos, falecido este ano. “Importante liderança do setor, embora não mais esteja fisicamente entre nós, Assis com certeza está iluminando este nosso encontro. Portanto, peço a todos uma salva de palmas para ele”.
Convidado especial ao congresso, o presidente da ABIP – Associação Brasileira da Indústria de Panificação, José Batista de Oliveira-, sugeriu que a questão mais eminente que enfrenta o setor é o relativo a NR-12, que, para ele, tomou um grau de complexidade tão grande que o próprio Ministério do Trabalho não sabe como resolver o problema. “Sempre que pedem a minha opinião como presidente da ABIP, digo que temos que estabelecer um marco zero, isto é, temos que começar um processo que estabeleça prazo para os fabricantes de equipamentos começarem a fabricar com base na regra, talvez até decretar uma moratória”.
O empresário Sérgio Carlos Bousquet Perez, presidente do IPC-RJ, fez suas as palavras de seu colega da ABIP: “Nós da panificação precisamos estar juntos a todo momento, porque os problemas graves estão surgindo. É preciso termos uma voz forte que fale pelo setor, por isso, aproveito para convocar as empresas que se associem aos sindicatos, busquem a solução para seus problemas através dos sindicatos, porque sem isso o sistema não vai funcionar”.
O diretor geral da FIRJAN, Augusto Franco, lembrando que o setor de panificação tem como característica o fato de ser formado por pequenas empresas, procurou mostrar um pouco o que a entidade tem feito pelo setor: “O presidente da ABIP fez uma referência muito importante, qual seja a união, a participação ativa de panificadores, pois isto como definição de uma estratégia, não é um fato comum, é trabalho, é estarmos mais uma vez juntos formulando uma pauta de trabalho”.
Augusto Franco destacou, entre outros, o programa de saúde ocupacional oferecido pelo Sistema, “que embora seja uma dor de cabeça, faz sentido do ponto de vista da proteção da saúde dos trabalhadores, mas que constitui um ônus do ponto de vista da empresa. O fato é que o Sistema FIRJAN comprou este desafio, que abrange 180 mil trabalhadores da indústria fluminense. São cerca de 1,5 mil empresas nesse programa”.
Executiva do SINDAL, Ana Paula Alves Pereira, também participou do evento: “Hoje, o foco deste encontro é mais na NR-12, já que precisamos resolver esta questão o mais rapidamente possível. O que nos trouxe aqui, portanto, foi a possibilidade de abordarmos este tema tão polêmico, mesmo porque, o próprio governo federal não sabe bem o que fazer para resolver o problema”.
Sobre como anda o setor em sua região, ela afirma estar em franco crescimento, no que se refere ao número de novas instalações, e conta ainda com a unidade móvel do SENAI que deverá concluir os últimos cursos agora em dezembro. São cursos que ensinam como fazer a higienização correta, além de cursos de confeiteiro e de padeiro. “A unidade móvel fica um semestre num mesmo endereço, dando aulas práticas. Para as aulas teóricas, usamos as salas do SENAI.” concluiu.
Ao final do evento, foi entregue aos participantes um guia voltado para o setor de Panificação com orientações para aquisição de máquina e equipamentos, além de questões jurídicas. Clique aqui para fazer o download da publicação.
Para mais informações sobre os temas debatidos, clique aqui.
(Por Sergio Barreira Leitão/ Movimento Sindical FIRJAN)
