FIRJAN ALERTA SOBRE OS PRINCIPAIS IMPACTOS DAS USINAS A FIO D’AGUA – SINDAL-TR
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FIRJAN ALERTA SOBRE OS PRINCIPAIS IMPACTOS DAS USINAS A FIO D’AGUA



A capacidade de regularização do sistema elétrico está sofrendo rápida redução e alcançará em 2021 níveis considerados preocupantes. É o que revela a nota técnica Expansão das Usinas a Fio d’Água e o Declínio da Capacidade de Regularização do Sistema Elétrico Brasileiro, que o Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) divulga nesta segunda-feira, 5 de agosto, envolvendo o tema de segurança energética. O estudo faz um levantamento sobre os custos e benefícios da expansão do parque hidráulico brasileiro, com base na construção de hidroelétricas a fio d’agua.

 

“A opção por usinas a fio d’agua, combinado com as características geográficas e hidrográficas da região Norte do país, onde elas estão concentradas, levará à construção de usinas com menor fator de capacidade e à diminuição da regularização dos reservatórios do país”, explica o presidente do Conselho de Energia da FIRJAN, Armando Guedes.  “Isso significa antecipar a intensificação da inserção de termelétricas na base de geração, o que afetará os custos de geração, a qualidade ambiental de nossa matriz e nossa segurança energética”, ressalta Guedes.
  

Em 2001, a capacidade de regularização dos reservatórios – o quanto de energia o país pode armazenar na forma de água para suprir a demanda de energia – era de pouco mais de seis meses (6,27 meses). Já em 2012, a capacidade de regularização caiu para 4,91 meses, uma queda de ¼ em um período de onze anos. Com o crescimento da demanda e a ampliação do parque hidráulico sustentado basicamente por usinas a fios d’água, a tendência no futuro é que essa capacidade caia ainda mais, atingindo 3,35 meses em 2021, uma redução de 32% em comparação com 2012, e de 50% em relação a 2001.

O estudo chama atenção ainda para um cenário mais preocupante. Ao simular em 2021 a mesma média do nível dos reservatórios registrada entre 2001 e 2011 (63,8%),  a capacidade de regularização efetiva será bem menor: apenas 2,14 meses em oito anos. Mesmo que a simulação considere o nível máximo registrado na última década (88%), a capacidade de regularização efetiva será de apenas 2,98 meses, menor do que observada em 2012, ano em que houve grande necessidade de geração térmica (3,13 meses).

“A FIRJAN reforça a importância do debate entre autoridades do setor elétrico e do meio ambiente com a sociedade sobre as consequências das escolhas que estão sendo feitas hoje na matriz elétrica brasileira, baseada em usinas a fio d’água. Esperamos um equilíbrio adequado entre proteção ambiental, preço e segurança energética condizente com o desenvolvimento socioeconômico presente e esperado para o futuro do país”, conclui o presidente do Conselho de Energia da FIRJAN.

A nota técnica Expansão das Usinas a Fio d’Água e o Declínio da Capacidade de Regularização do Sistema Elétrico Brasileiro está disponível para download em http://migre.me/fFPxr

Fonte: Sistema Firjan – Assessoria de Imprensa

 

 

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