O Rio vive uma expansão no segmento de cervejas artesanais, ou especiais. Novos sabores e receitas vêm conquistando o paladar do público e o interesse de grandes grupos nacionais e internacionais do setor cervejeiro. Elaborado pelo Sistema FIRJAN, o levantamento feito no estado do Rio confirma a tendência de crescimento: 87,2% dos cervejeiros que ainda não estão no mercado pretendem comercializar seus produtos.
O objetivo da pesquisa foi entender como os cervejeiros se comportam, quais são as dificuldades encontradas por eles, a realidade do mercado e os caminhos para o crescimento do setor. Foram ouvidos 78 produtores que ainda não comercializam a cerveja e 19 empresas.
Para os produtores que ainda não comercializam, o principal desafio para entrar no mercado é a falta de capital. Desse grupo, 65% têm interesse em utilizar linhas de financiamento para abrir o próprio negócio. Já entre aqueles que produzem com fins comerciais, todos têm interesse em aumentar a produção, mas se deparam com as seguintes dificuldades no processo produtivo: falta de capital para investimentos, logística de distribuição e custos do processo produtivo. Entre eles, a maioria ainda não utiliza, mas também é predisposta a usar linhas de financiamento.
A maior parte dos entrevistados já fez ou enviou algum funcionário para fazer cursos de capacitação na área, o que aponta uma tendência de profissionalização do segmento. No lançamento da pesquisa, o gerente do Centro de Tecnologia SENAI Alimentos e Bebidas, Antonio Tavares, falou sobre as possibilidades de qualificação na área. “O SENAI tem um amplo portfólio de cursos para capacitar profissionais para o setor, desde os de iniciação, passando pelo técnico, até os de aperfeiçoamento, além de serviços tecnológicos que podem auxiliar os produtores a adaptar processos e aumentar sua competitividade”, explicou.
Mais de 80 produtores e amantes da cerveja estiveram no evento de lançamento da pesquisa. Um deles era Heitor Lago, de Valença, que vem conciliando a profissão de dentista com a paixão pela área. “Os cursos no SENAI foram o pontapé inicial para eu investir nisso. Eu tinha o sonho, mas não tinha ideia de como produzir. Hoje eu ainda não comercializo, mas já tenho uma fabriqueta montada e estou fazendo as adaptações necessárias para poder começar a vender”, contou.
O encontro teve ainda a presença de representantes da Acerva Carioca (Associação dos Cervejeiros Artesanais Cariocas), da Abracerva (Associação Brasileira de Cerveja Artesanal), do Sebrae-RJ, da Accerj-Tur (Associação Turística das Cervejarias e Cervejeiros do Rio de Janeiro).
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Fonte: Sistema FIRJAN