Defesa da Reforma da Previdência une prefeitos e empresários do Centro-Sul Fluminense – SINDAL-TR
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Defesa da Reforma da Previdência une prefeitos e empresários do Centro-Sul Fluminense



Em defesa da reforma da previdência, prefeitos e empresários se reúnem com economistas da FIRJAN, na sede da Federação em Três Rios.

Em defesa da reforma da previdência, prefeitos e empresários se reúnem com economistas da FIRJAN, na sede da Federação em Três Rios.Foto: Vinicius Magalhães

O rombo de R$ 268,8 bilhões na previdência social em 2017 foi o mote da reunião entre prefeitos e empresários do Centro-Sul Fluminense com economistas da FIRJAN, nesta quarta-feira na sede da Federação em Três Rios. Prefeito do município, Josimar Salles afirmou que o momento é de união em prol das reformas, caso contrário, no futuro, faltarão recursos para se investir em saúde, educação e saneamento, entre outras melhorias. A necessidade de aprovar a reforma da previdência o mais rápido possível foi consenso na reunião.

O encontro foi aberto pelo presidente da Representação Regional da FIRJAN no Centro-Sul Fluminense, Alceir Corrêa, que destacou que a Federação lançou há 20 anos o movimento ‘Reformas Já’, em que defendia a necessidade de mudanças estruturais no país, incluindo a previdência. O prefeito de Sapucaia, Fabrício Baião, afirmou ser necessário avançar no movimento em defesa da reforma, com a participação dos prefeitos e dos empresários.

Coordenador de Estudos Econômicos do Sistema FIRJAN, Jonathas Goulart destacou, em sua palestra, que a reforma da previdência é necessária para garantir o equilíbrio fiscal da União, dos estados e dos municípios. Segundo ele, há três cenários possíveis para a economia do país em 2018: o otimista, com a aprovação da reforma da previdência e um crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB); um básico, com uma reforma mais modesta e um aumento de, no máximo, 3% do PIB; e o pessimista, sem reformas e uma elevação de apenas 2% nas riquezas do país.

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Josimar Salles, prefeito de Três Rios defendeu que é preciso discutir o assunto com coragem, maturidade e equilíbrio para acabar com os privilégios hoje existentes.

O economista da FIRJAN também desmistificou alguns mitos deste debate. Segundo ele, há déficit, sim, na previdência. “Basta fazer a comparação da receita da Seguridade Social e as despesas globais que devem ser pagas por ela e não apenas o custo da previdência”, afirmou. Ainda conforme o coordenador de Estudos Econômicos da FIRJAN, não é verdade que os que ganham menos serão os mais prejudicados. “A reforma atacará, majoritariamente, os altos salários e aposentadorias precoces do funcionalismo público, além dos trabalhadores da iniciativa privada que ganham salários maiores e se aposentam por tempo de serviço”, explicou.“Após dois anos de crise severa, o que queremos para o país: um crescimento maior, de 4%, ou uma elevação pequena de até 2%?”, indagou o economista. Goulart foi taxativo ao assegurar que o gasto com o pessoal é o grande entrave para o equilíbrio das contas públicas das três esferas de governo, já que o gasto com a previdência não para de crescer.

Josimar Salles, prefeito de Três Rios, complementou destacando que o país está quebrado e que, por isso, o conjunto de reformas é necessário: a da previdência, a tributária e, até mesmo, a política. Segundo ele, é preciso discutir o assunto com coragem, maturidade e equilíbrio para acabar com os privilégios hoje existentes, principalmente no funcionalismo público.

“Temos que buscar a justiça social e o equilíbrio. Se nada for feito, o trabalhador e a massa do servidor público, no futuro, podem ficar sem pagamento das suas aposentadorias, pois podemos ficar sem recursos”, afirmou Salles.

Já Márcio Fortes, diretor de Relações Institucionais do Sistema FIRJAN, lembrou que a implementação da reforma da previdência seguirá uma regra de transição, que ocorrerá ao longo de 20 anos, ou seja, as alterações não serão de uma hora para outra. “Porém, sem a sua aprovação, os governos podem ficar sem recursos para pagamento de salários, como vem ocorrendo em alguns estados, e poderá haver a efetiva redução salarial como aconteceu em países da Europa”, lembrou Fortes.

Em dezembro do ano passado, um encontro na sede do Sistema FIRJAN, no Rio, com líderes do executivo de diversos municípios fluminenses, marcou os 20 anos em que a Federação lançou o movimento “Reformas Já”, defendendo a reforma da previdência. O evento contou com a participação de prefeitos, secretários e empresários de diversas cidades do estado.

Fonte: Sistema FIRJAN

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